domingo, 27 de fevereiro de 2011

Voltando ao ritmo

Agora que estamos já organizados na nossa casinha, precisamos organizar nossa rotina e incluir aquelas coisas que precisamos e outras que gostamos de fazer, incluir obrigações e diversões. Precisamos voltar a vida saudável, comer bem, se exercitar, sorrir e amar (apesar de que sorrir e amar nunca deixamos de fazer). :D

Pra mim as coisas funcionam meio que no tranco no começo, preciso me ater a coisas que me incentivam, depois disso vira vício, aí é fácil. Poxa, é difícil depois de um longo dia de trabalho ir pra academia e malhar durante uma ou duas horas, mais difícil ainda é deixar de comer aqueles biscoitos deliciosos da Arnott.

pedalEu sou um cara muito ligado a tecnologia e adoro novidades. Bem, a mais ou menos um mes atrás durante a malhação entediante na academia, vi que todas as esteiras tinham uma televisão individual e também com um suporte para o iPod e iPhone, apenas como teste conectei meu iPhone e tentei tocar os vídeos (seriados) que costumo assistir nos trens. E para minha surpresa, não é que o negócio tocou, e pra ser melhor que a encomeda, depois de terminar a corridinha na esteira, ele manda todas as informações para o site da Nike, onde você tem todo um detalhamento de suas corridas e pode até setar metas. Isso pra mim foi o máximo, todas as corridas que faço tanto na esteira quanto na rua são registradas, podendo assim ter um controle da minha evolução. Cada um procura o incentivo onde consegue. :P Pra mim isso está sendo ótimo.

DSCN0788Além de registrar minhas corridas, arrumei também um programa que grava o histórico de minhas pedaladas. Tá certo que não são muitas, mas aos poucos eu vou aumentando. Outra coisa pra incluir na minha lista de exercícios é andar de skate. Esse final de semana o Fábio e o Filippo vieram aqui em casa para andarmos de skate em um skate park que tem aqui perto. Nossa, me acabei, andei que nem criança relembrando as manobras que eu aprendi a 10 anos atrás, depois de vários tombos e 3 horas de skate, não aguentávamos mais nada. O jeito era ir pra casa comer um cachorro-quente em família, jogar um pouco de mal mal e chapar.

IMG_0220Ah, mais uma novidade: nossa ultra mega power plus plus máquina de lavar e secar roupas chegou na nossa casinha. Nossa!! Não precisar juntar todas as roupas para ir pra lavanderia e esperar duas horas pra ficarem prontas não tem preço. Agora podemos meter as roupas na máquina e esquecer. :D O engraçado é que quando a máquina chegou, tivemos a certeza que ela não caberia no lugar que deveria caber, foi uma merda, ela teve que ficar num balcão totalmente improvisado pra esse propósito. Até que minha esposa delícia mais gostosa teve a idéia genial de arrancar um pedaço do armário pra ver se caberia a máquina e coube como uma luva, ficou 300% melhor. Pronto, agora nossa casinha tá quase completa.

Hoje o Faim deve tá chegando de sua viagem pela Austrália, o tempo dele tá se acabando por aqui, espero que ela tenha se divertido muito por onde passou.

E é isso, já teve bão de escrever. :P

Beijos….

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Lar doce lar

Depois de uma excelente festa de casamento no Brasil e uma volta tranquila pra casa, estamos colocando as coisas no lugar e arrumando nossa casinha do jeito que queremos. Agora parece que é pra valer, o primeiro ano foi apenas um teste, parecia que estávamos aqui só a passeio e que em pouco tempo voltaríamos pro Brasil, voltaríamos pra casa. Mas pelo visto não viemos só a passeio, viemos pra construir uma vida, não sei por quanto tempo ainda, o dia de amanhã a Deus pertence.

Preciso desabafar uma coisa. Várias pessoas me perguntaram durante todo esse percurso o motivo de termos escolhido a Austrália. O engraçado é que depois de passar quase um ano por aqui e voltar ao Brasil, hoje em dia a pergunta seria: Porque o Brasil? Essa pergunta me veio a cabeça quando voltamos pra cá e uma amiga nossa me perguntou a sensação que eu tive ao voltar, e a resposta foi mais frustrante pra mim do que pra ela. No Brasil crescemos dizendo ao mundo que somos o povo mais alegre, hospitaleiro, amigável, generoso, bonito, sexy e milhões de outras características boas, mas raramente descrevemos as más.

Não somos nada disso. O Brasil tem muita gente alegre, mas não podemos ganhar o título de mais alegre. Mais hospitaleiro e amigável? Acho que não tive muita sorte quando pousei no Brasil. Bonito? Puts, só vi gente feia quando eu cheguei. Sexy! Talvez essa seja uma verdade. Eu tenho orgulho de ser Brasileiro, e nada me faria mudar de opinião quanto a isso, mas o Brasil tem muito defeitos e pra mudar isso é praticamente impossível. Nossa cultura não deixa, e só olhando de fora para perceber isso. Tá bom, né? Chega de falar mal do Brasil, se fosse de todo ruim não sentiríamos tanta saudade de tudo e de todos.

Ontem fizemos um churrasquinho em casa sem motivo aparente regado a caipiroscas e picanha. A idéia inicial era apenas um churrasquinho pra umas 6 a 8 pessoas no máximo, e terminou que foram 20. Ainda bem que estamos na casa nova, não conseguiria imaginar 20 pessoas no apartamento que morávamos. Foi muito legal, convidamos pessoas dos meios mais diversos e apesar de pensarmos que a interação não seria boa, eles interagiram muito bem. Churras como esse tem que acontecer com mais frequência, é sempre bom ter amigos em casa.

E é isso… Acho que já falei até demais. Ah, sobre o que eu falei do Brasil, se você não tiver a mesma opinião que eu, por favor, não fique chateado. Ainda amo demais o Brasil e nunca deixarei de amar.

Beijos….

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Viagem e Casamento (Brasil)

Já tem um bom tempo que não escrevo nada aqui, quase um mês, mas tenho ótimos motivos pra isso. Vamos lá…

Após ser deixado ao relento pela minha esposa aqui em Melbourne por 10 dias, finalmente embarquei para minha terrinha natal na espectativa de reencontrá-la e de encontrar também todas as pessoas das quais sinto muito falta.

A viagem foi bem longa e cansativa e teve uma duração total de 34 horas contando com as esperas nos aeroportos, sei que vou me arrepender de colocar esse tempo aqui, pois vai fazer qualquer um desanimar de vir nos visitar. Ao chegar em Recife, Hugo, meu irmão, tava me esperando com um monte de cerveja e energéticos. Ficamos papeando até perceber que o Sol já tinha raiado, já não tinha mais nem clima pra dormir, vamos fazer algo pra nos manter acordados até minha esposinha chegar.

Minha esposinha mal chegou em Recife e já começou a correria. Fomos almoçar no Bode, um restaurante com uma comidinha bem típica e deliciosa. Aí ela já conheceu uma parte da família. A noite fomos pra uma peça de teatro na qual meu primo, Mateus, era o ator principal, mandando muito bem por sinal.

IMG_0574Segunda já amanhecemos o dia nos arrumando pra irmos para Porto de Galinhas. Acredito que esse foi o único dia tranquilo da viagem. Chegando lá fomos fazer um passeio de jangada e dar um mergulhos nas águas cristalinas de lá e pra completar o dia, fomos tomar uma cervejinha e comer um peixinho na beira da praia, acompanhado de ensopado de caranguejo e aratú e algumas ostras que diga-se de passagem não foram uma boa idéia, pois a Alyne tá passando mal até hoje por conta dessas malditas.

Terça voltamos correndo pra Recife pra um almoço em família que terminou não acontecendo, e em seguida pegamos estrada pra o interior de Recife, 420km até Itapetim. Foram os 420km mais longos da vida da Alyne, acredito eu, pois paramos pelos menos umas 10 vezes por causa das malditas ostras. Enfim chegamos e a Alyne teve a oportunidade de conhecer um pouco da minha família por parte do meu pai e também um pouco da sua cidade natal.
Essa viagenzinha foi literalmente um bate e volta, na quarta apenas almoçamos e já pegamos estrada de volta pra Recife, pois o vôo pra Brasília estava programado para as 23h.

Algumas confusões quanto ao fuso-horário e algumas informações erradas quanto as escalas do vôo fizeram a gente chegar às 6 da manhã da quinta-feira. Isso porque o povo tava esperando a gente 1h pra ir pra farra. Coitado do Junior que já estava no aeroporto quando recebeu a ligação dizendo que não chegaríamos. Chegando em casa, só tivemos tempo de comer alguma coisa antes do nosso corpo se desligar.

E finalmente estamos em casa. Ainda temos 7 dias para aproveitar a cidade (que passou num piscar de olhos). Acordamos e fomos encontrar o povo no RoadHouse, puxa, como eu estava com saudade de todo mundo. O mané aqui não fez nenhuma reserva de mesas, e o jeito foi ficarmos no bar, mas foi excelente de qualquer jeito.

A véspera de casamento parece que passou ainda mais rápido. Nam lembro direito o que aconteceu. Só sei que bebemos :P

01573E o dia do casamento chegou. Foi a primeira vez que eu fui para a casa da Tia Madair e do Tio Luis Paulo. Nossa, fiquei besta do quão linda é a casa. Passamos o dia lá nos preparando, enquanto a Alyne fazia cabelo e maquiagem, eu ficava na piscina curtindo com os meninos. Quando subimos pra nos arrumar faltava pouco tempo pra cerimônia, e quando nos demos conta, descobrimos que tínhamos que passar pro outro lado da casa, onde o único caminho era pelo meio dos convidados. Essa foi a hora mais tensa, ficamos perdidos sem a menor idéia do que fazer, por fim, nos cobrimos com um lençol e passamos no meio de todo mundo, ôh comédia.

Chegou a hora da cerimônia. Foi tudo lindo, muito mais do que eu poderia imaginar. São Pedro, pra nos abençoar, até mandou uma chuvinha na hora exata, e logo em seguida parou. Eu não tenho nem palavras pra expressar como foi a festa, foi tudo excelente. A alegria simplesmente pairava no ar, não tinha uma alma na festa que a gente não via com um sorriso no rosto. Só tenho a agradecer.

Obrigado Mãe, Pai, Meus Irmãos, Sogrinha, Sogrão, Cunhas, família, amigos, amigas… todo mundo. Se fosse nomear todos que eu gostaria de agradecer, o post teria que ser dedicado só a isso :D

Com eu disse antes, passou voando, a hora de voltar veio praticamente junto com a hora de chegar. Aproveitamos como pudemos, vimos quase todos que gostariamos de ver, curtimos quase tudo que gostaríamos de curtir, comemos quase tudo que gostaríamos de comer, escutamos quase tudo que gostaríamos de escutar, beijamos e abraçamos quase todos que gostaríamos de beijar e abraçar. Mas é isso, a idéia é essa. Temos que ficar sempre com um gostinho de quero mais, para podermos sempre ter um motivo e uma vontade de querer voltar.

Acho que já deu né, escrevi um livro. O Faim finalmente chegou por aqui, acabei de buscá-lo na estação de trem. Em breve postaremos mais fotos do casamento.

Beijos….