Já tem um bom tempo que não escrevo nada aqui, quase um mês, mas tenho ótimos motivos pra isso. Vamos lá…
Após ser deixado ao relento pela minha esposa aqui em Melbourne por 10 dias, finalmente embarquei para minha terrinha natal na espectativa de reencontrá-la e de encontrar também todas as pessoas das quais sinto muito falta.
A viagem foi bem longa e cansativa e teve uma duração total de 34 horas contando com as esperas nos aeroportos, sei que vou me arrepender de colocar esse tempo aqui, pois vai fazer qualquer um desanimar de vir nos visitar. Ao chegar em Recife, Hugo, meu irmão, tava me esperando com um monte de cerveja e energéticos. Ficamos papeando até perceber que o Sol já tinha raiado, já não tinha mais nem clima pra dormir, vamos fazer algo pra nos manter acordados até minha esposinha chegar.
Minha esposinha mal chegou em Recife e já começou a correria. Fomos almoçar no Bode, um restaurante com uma comidinha bem típica e deliciosa. Aí ela já conheceu uma parte da família. A noite fomos pra uma peça de teatro na qual meu primo, Mateus, era o ator principal, mandando muito bem por sinal.
Segunda já amanhecemos o dia nos arrumando pra irmos para Porto de Galinhas. Acredito que esse foi o único dia tranquilo da viagem. Chegando lá fomos fazer um passeio de jangada e dar um mergulhos nas águas cristalinas de lá e pra completar o dia, fomos tomar uma cervejinha e comer um peixinho na beira da praia, acompanhado de ensopado de caranguejo e aratú e algumas ostras que diga-se de passagem não foram uma boa idéia, pois a Alyne tá passando mal até hoje por conta dessas malditas.
Terça voltamos correndo pra Recife pra um almoço em família que terminou não acontecendo, e em seguida pegamos estrada pra o interior de Recife, 420km até Itapetim. Foram os 420km mais longos da vida da Alyne, acredito eu, pois paramos pelos menos umas 10 vezes por causa das malditas ostras. Enfim chegamos e a Alyne teve a oportunidade de conhecer um pouco da minha família por parte do meu pai e também um pouco da sua cidade natal.
Essa viagenzinha foi literalmente um bate e volta, na quarta apenas almoçamos e já pegamos estrada de volta pra Recife, pois o vôo pra Brasília estava programado para as 23h.
Algumas confusões quanto ao fuso-horário e algumas informações erradas quanto as escalas do vôo fizeram a gente chegar às 6 da manhã da quinta-feira. Isso porque o povo tava esperando a gente 1h pra ir pra farra. Coitado do Junior que já estava no aeroporto quando recebeu a ligação dizendo que não chegaríamos. Chegando em casa, só tivemos tempo de comer alguma coisa antes do nosso corpo se desligar.
E finalmente estamos em casa. Ainda temos 7 dias para aproveitar a cidade (que passou num piscar de olhos). Acordamos e fomos encontrar o povo no RoadHouse, puxa, como eu estava com saudade de todo mundo. O mané aqui não fez nenhuma reserva de mesas, e o jeito foi ficarmos no bar, mas foi excelente de qualquer jeito.
A véspera de casamento parece que passou ainda mais rápido. Nam lembro direito o que aconteceu. Só sei que bebemos :P
E o dia do casamento chegou. Foi a primeira vez que eu fui para a casa da Tia Madair e do Tio Luis Paulo. Nossa, fiquei besta do quão linda é a casa. Passamos o dia lá nos preparando, enquanto a Alyne fazia cabelo e maquiagem, eu ficava na piscina curtindo com os meninos. Quando subimos pra nos arrumar faltava pouco tempo pra cerimônia, e quando nos demos conta, descobrimos que tínhamos que passar pro outro lado da casa, onde o único caminho era pelo meio dos convidados. Essa foi a hora mais tensa, ficamos perdidos sem a menor idéia do que fazer, por fim, nos cobrimos com um lençol e passamos no meio de todo mundo, ôh comédia.
Chegou a hora da cerimônia. Foi tudo lindo, muito mais do que eu poderia imaginar. São Pedro, pra nos abençoar, até mandou uma chuvinha na hora exata, e logo em seguida parou. Eu não tenho nem palavras pra expressar como foi a festa, foi tudo excelente. A alegria simplesmente pairava no ar, não tinha uma alma na festa que a gente não via com um sorriso no rosto. Só tenho a agradecer.
Obrigado Mãe, Pai, Meus Irmãos, Sogrinha, Sogrão, Cunhas, família, amigos, amigas… todo mundo. Se fosse nomear todos que eu gostaria de agradecer, o post teria que ser dedicado só a isso :D
Com eu disse antes, passou voando, a hora de voltar veio praticamente junto com a hora de chegar. Aproveitamos como pudemos, vimos quase todos que gostariamos de ver, curtimos quase tudo que gostaríamos de curtir, comemos quase tudo que gostaríamos de comer, escutamos quase tudo que gostaríamos de escutar, beijamos e abraçamos quase todos que gostaríamos de beijar e abraçar. Mas é isso, a idéia é essa. Temos que ficar sempre com um gostinho de quero mais, para podermos sempre ter um motivo e uma vontade de querer voltar.
Acho que já deu né, escrevi um livro. O Faim finalmente chegou por aqui, acabei de buscá-lo na estação de trem. Em breve postaremos mais fotos do casamento.
Beijos….